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RN alcançará autossuficiência de geração de energia neste ano

O Rio Grande do Norte alcançará neste ano a autossuficiência em capacidade de geração de energia. A demanda média do estado é de 600 MW e a capacidade atual de geração é de 510,1 MW através das termelétricas Vale do Açu (Termoaçu), de 340MW, Potiguar I (53MW), Potiguar III (66MW), além das eólicas Rio do Fogo (49,3MW) e Macau (1,8MW).

De acordo com o secretário de Energia do Rio Grande do Norte, Jean Paul Prates, com a entrada em operação prevista para este ano dos parques eólicos de Alegria I e II, que juntos somam 151,8 MW, o estado atingirá 661,9 MW de capacidade instalada, superando a necessidade de consumo.
Com a entrada em 2012 das usinas eólicas negociadas no leilão de eólicas, realizado no último dia 14 de dezembro, o estado terá condições de gerar mais que o dobro da energia que consome. Dos 1.805 MW comercializados, o Rio Grande do Norte vai abrigar 657 MW. Para Prates, o resultado do certame já era o esperado. "Surpreendeu as outras pessoas que viam o Rio Grande do Norte como um estado atrasado ou menos importante economicamente mas, para nós que fizemos o trabalho, não foi uma surpresa".

A preparação do Rio Grande do Norte para conseguir receber os 23 empreendimentos dos 71 projetos começou tempos antes do leilão e foi dividido em três fases. A primeira delas, segundo Prates, foi organizar a informação setorial da área eólica e conhecer o potencial de projetos e suas necessidades. A segunda etapa consistia na busca pela atratividade, seguida por uma maior competitividade.

Com investimentos de aproximadamente R$ 3,5 bilhões, os projetos aprovados devem gerar entre 3 e 4 mil empregos, segundo Prates. "Se se mantiver um certo fluxo de leilões acontecendo, novos parques se instalando, esta média de emprego deve ser mantida ao longo de quase uma década", explicou.

Para que empresas possam se instalar no estado, estão sendo disponibilizados "todos os incentivos em nível estadual possíveis e admitidos por lei", ainda de acordo com o secretário. O executivo informou ainda que o Rio Grande do Norte e o Ceará estudam a criação de um polo industrial bilateral eólico. "Os governadores dos dois estados conversarão este ano para, em vez de competirmos predatoriamente, fazermos uma parceria e ter este polo bilateral. Quando as empresas se instalam próximo às divisas, elas geram emprego para os dois estados".

A fonte de geração solar também é um dos focos do Rio Grande do Norte. De acordo com Prates, o estado pretende promover no próximo mês de fevereiro um seminário com especialistas, agentes do governo, do setor elétrico e investidores para obter conclusões sobre a viabilidade da energia solar no Brasil e especificamente no Rio Grande do Norte. "A gente tem um foco em energias renováveis muito forte com as eólicas na liderança, mas sem esquecer da energia solar, que tambem precisa passar pelo mesmo processo de discussão, como viabilização, organização da informação, atratividade e competitividade".

Em um acordo com a Petrobras, o estado quer implantar uma usina experimental solar térmica, de 30 MW, no Vale do Açu. Segundo Prates, a usina será baseada no mesmo princípio que a Termoaçu, ou seja, quando não tiver gerando energia, a unidade deve gerar vapor para a injeção nos poços de petróleo. O início da operação está previsto para o fim do próximo ano.

●●● Postado por Dayana C. Rodrigues.

Energia Eólica é suficiente para o mundo, diz estudo

O vento pode suprir as necessidades energéticas do mundo, segundo estudo publicado nesta terça (23) na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”. A notícia é um bom presságio para os defensores das fontes limpas de energia. A matriz eólica, como a solar, suscita esperanças na luta contra o aquecimento global. No Brasil, se os cálculos do estudo estiverem certos, só os aerogeradores terrestres produziriam, no mínimo, cerca de 14 vezes a eletricidade consumida no País. Para os aerogeradores marítimos, a proporção seria de cerca de três vezes as necessidades brasileiras.


Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e do Centro de Pesquisa Técnica VTT, da Finlândia, determinaram a energia que poderia ser produzida em cada turbina eólica com base na velocidade local do vento, na densidade do ar, no possível espaçamento dos aerogeradores e no tamanho das hélices. Os cientistas também consideraram áreas no mar. Os aerogeradores implantados em terra firme conseguiriam produzir o equivalente a 40 vezes o consumo mundial de eletricidade e cerca de cinco vezes o consumo de energia em todas as suas formas.

Nos Estados Unidos, por exemplo, seria possível produzir 16 vezes o consumo atual de eletricidade do país. Um dos autores do estudo, Michael McElroy, da Universidade Harvard, considera essencial um esforço global para viabilizar o uso da energia eólica em todo o mundo. “Também seria necessário reformar o sistema de distribuição de eletricidade atual”, aponta McElroy.

O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ênio Bueno, especialista em energia eólica, pondera que o estudo leva em conta apenas o potencial de aproveitamento dos ventos para geração de energia. “Seria preciso considerar também a viabilidade técnica em cada local e a viabilidade financeira”, aponta. “Isso reduz muito a previsão dos pesquisadores.” Estudo dos técnicos do Inpe, em janeiro, mostra que os ventos brasileiros podem atender mais de 60% do consumo nacional de energia de forma competitiva. Com o barateamento progressivo da tecnologia, o porcentual deve aumentar. Atualmente, menos de 1% da energia consumida no país é gerada por vento.


●●● Postado por Jhonatan Bertoldo.

Energia Eólica


A energia eólica é a energia que provém do vento. Desde a antiguidade este tipo de energia é utilizado pelo homem, principalmente nas embarcações e moinhos. Atualmente, a energia eólica, embora pouco utilizada, é considerada uma importante fonte de energia por se tratar de uma fonte limpa (não gera poluição e não agride o meio ambiente). Na atualidade utiliza-se a energia eólica para mover aero geradores - grandes turbinas colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a forma de um cata-vento ou um moinho. Esse movimento, através de um gerador, produz energia elétrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos, concentrações de aero geradores, necessários para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a utilização de aero geradores de baixa tensão quando se trata de requisitos limitados de energia elétrica.

A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa, amplamente distribuída globalmente e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa. Em países como o Brasil, que possuem uma grande malha hidrográfica, a energia eólica pode se tornar importante no futuro, porque ela não consome água, que é um bem cada vez mais escasso e que também vai ficar cada vez mais controlado. Em países com uma malha hidrográfica pequena, a energia eólica passa a ter um papel fundamental já nos dias atuais, como talvez a única energia limpa e eficaz nesses locais. Além da questão ambiental, as turbinas eólicas possuem a vantagem de poderem ser utilizadas tanto em conexão com redes elétricas como em lugares isolados, não sendo necessária a implementação de linhas de transmissão para alimentar certas regiões (que possuam aero geradores). O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos anos. Em 2005 o custo da energia eólica era cerca de um quinto do que custava no final dos anos 1990, e essa queda de custos deve continuar com a ascensão da tecnologia de produção de grandes aero geradores. No ano de 2003 a energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados Unidos.[carece de fontes?]

A maioria das formas de geração de eletricidade requerem altíssimos investimentos de capital e baixos custos de manutenção. Isto é particularmente verdade para o caso da energia eólica, onde os custos com a construção de cada aero gerador podem alcançar milhões de reais, os custos com manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta diversos fatores, como a produção anual estimada, as taxas de juros, os custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos geradores. Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada usina.

Apesar da grandiosidade dos modernos moinhos de vento, a tecnologia utilizada continua a mesma de há 1000 anos, tudo indicando que brevemente será suplantada por outras tecnologias de maior eficiência, como é o caso da turbo vela, uma voluta vertical apropriada para capturar vento a baixa pressão ao passar nos rotores axiais protegidos internamente. Esse tipo não oferece riscos de colisões das pás com objetos voadores (animais silvestres) e não interfere na áudio visão. Essa tecnologia já é uma realidade que tanto pode ser introduzida no meio ambiente marinho como no terrestre.

O Brasil tem um dos maiores potenciais eólicos do planeta e, embora hoje o vento seja responsável por míseros 29 megawatts (MW) dos cerca de 92 mil MW instalados no país, há planos ambiciosos para exploração dessa fonte de energia. O que impede a instalação de mais centrais eólicas ainda é o preço. A energia gerada por uma central eólica custa entre 60% e 70% a mais que a mesma quantidade gerada por uma usina hidrelétrica. Por outro lado, a energia do vento tem a grande vantagem de ser inesgotável e causar pouquíssimo impacto ao ambiente.
Atualmente, apenas 1% da energia gerada no mundo provém deste tipo de fonte. Porém, o potencial para exploração é grande.


●●● Postado por Jhonatan Bertoldo.

Peixes elétricos também geram energia!


O peixe elétrico gera eletricidade através dos órgãos que se localizam ao longo de quase todo o corpo. Derivam de tecidos musculares, modificados que, em vez de contrair, como fazem os músculos, liberam energia para o meio ambiente. Há peixes elétricos, como o poraquê da Amazônia, capazes de produzir descargas elétricas de até 1.500 volts, e até 3 ampères (ainda que não nesta combinação).

As descargas são produzidas por células musculares cahamadas de ELETRÓCITOS, dispostas em conjunto - chamados de MIOELETROPLACAS, concentradas sobretudo na cauda, que ocupa quatro quintos do comprimento geral do peixe.

Na verdade, as células nervosas de qualquer organismo são capazes de gerar pequenas quantidades de potencial elétrico que atuam sobre a musculatura na contração e no relaxamento. A diferença é que, no peixe elétrico, cada uma destas células pode gerar um potencial elétrico de cerca de 0,14 volts!

Um peixe adulto pode ter de 2 mil a mais de 10 mil mioeletroplacas, conforme o seu tamanho. Estas dispõem-se em série e ativam-se simultaneamente, no momento da captura de uma presa ou de defesa contra um agressor. Gerada a eletricidade, os três órgãos elétricos com os quais o animal é dotado – de Sach, de Hunter e o órgão principal –a descarregam sobre a vítima.


Observações:
• descargas de 900 – 1500 volts (limite);
• Pode ser 55 vezes mais potente que a bateria de um automóvel;
• Enzimas, sódio e potássio fazem o jogo químico que produz a eletricidade;
• orgão especializado - orgão elétrico;
• A diferença entre uma célula muscular normal e um eletrócito é que, enquanto a primeira se contrai ao receber um estímulo nervoso, a segunda é adaptada para transformar a excitação em eletricidade.



●●● Postado por Damires Scotta.

Biomassa

Atualmente o Brasil encontra-se em situação privilegiada no que se refere a suas fontes primárias de oferta de energia. Verifica-se que a maioria da energia consumida no país é proveniente de fontes renováveis de energia (hidroeletricidade, biomassa em forma de lenha e derivados da madeira, como serragem, carvão vegetal, derivados da cana-de-açúcar e outras mais).

Como o "apagão" tornou-se evidente e, conseqüentemente, o racionamento de energia, começaram as discussões sobre a matriz energética brasileira.

A utilização de biomassa para produção de energia, tanto elétrica como em forma de vapor, em caldeiras ou fornos já é uma realidade no Brasil. O uso da madeira para a geração de energia apresenta algumas vantagens e desvantagens, quando relacionadas com combustíveis à base de petróleo.


Vantagens:

• Baixo custo de aquisição;
• Não emite dióxido de enxofre;
• As cinzas são menos agressivas ao meio ambiente que as provenientes de combustíveis fósseis;
• Menor corrosão dos equipamentos (caldeiras, fornos);
• Menor risco ambiental;
• Recurso renovável;
• Emissões não contribuem para o efeito estufa.

Desvantagens:

• Menor poder calorífico;
• Maior possibilidade de geração de material particulado para a atmosfera. Isto significa maior custo de investimento para a caldeira e os equipamentos para remoção de material particulado;
• Dificuldades no estoque e armazenamento.

Além das citadas acima, existem algumas vantagens indiretas, como é o caso de madeireiras que utilizam os resíduos do processo de fabricação (serragem, cavacos e pedaços de madeira) para a própria produção de energia, reduzindo, desta maneira, o volume de resíduo do processo industrial.

Algumas das desvantagens podem ser compensadas através de monitoramento de parâmetros do processo. Para o controle do proceso de combustão devem ser monitorados o excesso de ar, CO e, para instalações de grande porte, também, deve existir o monitoramento da densidade colorimétrica da fumaça por um sistema on-line instalado na chaminé. Esses controles do processo de combustão são medidas para impedir a geração de poluentes e, assim chamadas indiretas. As Medidas Indiretas visam reduzir a geração e o impacto de poluentes sem aplicação de equipamentos de remoção. O uso de equipamentos de remoção é uma medida direta que visa remover aquela parte de poluentes impossíveis de remover com as medidas indiretas. Portanto, deve-se, sempre que possível, tentar implantar as medidas indiretas antes de aplicar as diretas.


●●● Postado por Jhonatan Bertoldo.

Energia do Mar: Conversores que a tornam possível


Coluna oscilante de Buoy
A instalação consiste em um cilindro de concreto, disposto verticalmente num nicho aberto com explosivos na rocha. A extremidade inferior, submersa, recebe o impacto das ondas, que comprimem o ar coluna acima no cilindro. O ar, sob pressão, movimenta a turbina, antes de escapar pela extremidade superior. O movimento rítmico das ondas assegura que a turbina gere eletricidade sem parar.

Pato de Salter
Criado pelo engenheiro Stephen Salter da Universidade de Edimburgo, Escócia.Consiste numa série de flutuadores, semelhantes ao flap dos aviões, ligados a um eixo paralelo à praia. A parte mais bojuda dos "patos" enfrenta as ondas, cujo movimento rítmico faz bater os flutuadores, girando o eixo que aciona a turbina como um pedal de bicicleta, que só transmite o movimento numa direção. O rendimento desse sistema promete ser excelente, pois parece capaz de aproveitar 80 por cento da energia das ondas. É esperar para ver.


Fontes:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/energia-das-mares/energia-das-mares.php
http://super.abril.com.br/superarquivo/1988/conteudo_111429.shtml

●●● Postado por Thais Barcella.

Energia do Mar: A Energia Térmica dos Oceanos

O último tipo de energia oceânica usa as diferenças de temperatura do mar. Se alguma vez mergulhares no oceano notarás que a água se torna mais fria quanto mais profundo for o mergulho. A água do mar é mais quente á superfície porque está exposta aos raios solares; é por isso que os mergulhadores vestem fatos próprios para mergulhar em zonas profundas. Os fatos colam-se ao corpo mantendo-o quente.

Pode-se usar as diferenças de temperatura para produzir energia, no entanto, são necessárias diferenças de 38º Fahrenheit entre a superfície e o fundo do oceano. Esta fonte de energia está a ser usada no Japão e no Hawai, mas apenas como demonstração e experiência.


Fontes:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/energia-das-mares/energia-das-mares.php

●●● Postado por Thais Barcella.

Energia do Mar: Ondas


Os geradores utilizam o quase incessante movimento das ondas para gerar energia. Uma câmara de concreto construída na margem é aberta ma extremidade do mar de maneira que o nível da água dentro da câmara suba e desça a cada onda sucessiva. O ar acima da água é alternadamente comprimido e descomprimido, acionando uma turbina conectada a um gerador. A desvantagem de se utilizar este processo na obtenção de energia é que o fornecimento não é contínuo e apresenta baixo rendimento.

Os sistemas para retirar energia das ondas são muito pequenos e apenas suficientes para iluminar uma casa ou algumas bóias de aviso por vezes colocadas no mar.


●●● Postado por Thais Barcella.

A Energia do Mar: Marés


O aproveitamento energético das marés é obtido de modo semelhante ao aproveitamento hidroelétrico, formando um reservatório junto ao mar, através da construção de uma barragem com casa de força (turbina + gerador). O aproveitamento é feito nos dois sentidos: na maré alta a água enche o reservatório, passando através da turbina, e produzindo energia elétrica, na maré baixa a água esvazia o reservatório, passando novamente através da turbina, agora em sentido contrário ao do enchimento, e produzindo energia elétrica

A energia das marés pode ser aproveitada onde existem marés, com grande diferença de nível a maré baixa e maré alta e onde o litoral apresenta condições para construção econômica do reservatório. Porém o ciclo de marés de 12 horas e meia e o ciclo quinzenal de amplitudes máxima e mínima (maré de sizígia e maré de quadratura) apresentam problemas para que seja mantido um fornecimento regular de energia, tornando necessária a criação de sistemas mais complexos como, por exemplo, o que se vale de muitas barragens ou o que se utiliza de reservas bombeadas.

Para que este sistema funcione bem são necessárias marés e correntes fortes. Tem que haver um aumento do nível da água de pelo menos 5,5 metros da maré baixa para a maré alta. Existem poucos sítios no mundo onde se verifique tamanha mudança nas marés.



●●● Postado por Thais Barcella.

A Energia do Mar

As gigantescas massas de água que cobrem dois terços do planeta constituem o maior coletor de energia solar imaginável. Os raios solares não apenas aquecem a água da superfície, como também põem em movimento a maquinaria dos ventos que produz as ondas. Finalmente, as marés, originadas pela atração lunar, que a cada 12 horas e 25 minutos varrem os litorais, também representam uma tentadora fonte energética. Em conjunto, a temperatura dos oceanos, as ondas e as marés poderiam proporcionar muito mais energia do que a humanidade seria capaz de gastar - hoje ou no futuro, mesmo considerando que o consumo global simplesmente dobra de dez em dez anos.



A idéia de extrair a energia acumulada nos oceanos, utilizando a diferença da maré alta e da maré baixa, até que não é nova. Já no século XII havia na Europa moinhos submarinos, que eram instalados na entrada de estreitas baías o fluxo e o refluxo das águas moviam as pedras de moer. Mas os pioneiros da exploração moderna das marés foram os habitantes de Husum, pequena ilha alemã no mar do Norte. Ali, por volta de 1915, os tanques para o cultivo de ostras estavam ligados ao mar por um canal, onde turbinas moviam um minigerador elétrico durante a passagem da água das marés; a eletricidade assim produzida era suficiente para iluminar o povoado. Muito mais tarde, em 1967, os franceses construíram a primeira central mareomotriz (ou maré motriz, ou maré - elétrica; ainda não existe um termo oficial em português), ligada à rede nacional de transmissão. Uma barragem de 750 metros de comprimento, equipada com 24 turbinas, fecha a foz do rio Rance, na Bretanha, noroeste da França. Com a potência de 240 megawatts (MW), ou 240 mil quilowatts (kW), suficiente para a demanda de uma cidade com 200 mil habitantes, a usina de Rance é a única no mundo a produzir, com lucro, eletricidade em quantidade industrial a partir das marés.

No Brasil, temos grande amplitude das marés em São Luís - Baía de São Marcos, no Maranhão - com 6,8 metros e em Tutóia com 5,6 metros, também nos estuários do Rio Bacanga (São Luís -MA- marés de até 7 metros) e a Ilha de Maracá (AP - marés de até 11 metros). Infelizmente, nessas regiões a topografia do litoral não favorece a construção econômica de reservatórios, o que impede seu aproveitamento.

Existem três maneiras de produzir energia usando o mar: as ondas, as marés ou deslocamento das águas e as diferenças de temperatura dos oceanos.


●●● Postado por Thais Barcella.

Qual é o impacto ambiental de um incêndio num poço de petróleo?

O saldo costuma ser devastador para o ar, o solo, a água e os seres vivos que fazem parte dos ecossistemas das regiões afetadas. Para começar, a fuligem que sobe com a combustão incompleta do petróleo pode criar um verdadeiro céu negro sobre uma determinada região. Isso impede a passagem do sol e afeta todos os ecossistemas que dependam de sua energia, além de aumentar a incidência de problemas respiratórios na população local. Mas o maior inimigo é invisível. "Um poço ardente libera gases com altos teores de enxofre, que podem causar chuva ácida, e uma grande quantidade de monóxido de carbono, que reage com substâncias naturais no ar e forma ozônio. Na baixa atmosfera, esse gás afeta a saúde e pode ser mortal", diz o físico Volker Kirchhoff, do Inpe. Para piorar, o líquido que vaza dos poços destruídos atinge as praias, destrói a vida marinha e prejudica ecossistemas intocados. Ao ser ingerido por peixes e aves marinhas, o petróleo ataca fígado e pulmões, causando hemorragias internas e mortandade em massa. Isso sem falar da contaminação do solo e dos lençóis freáticos, fato que obrigou milhares de pessoas a abandonarem suas casas no Kuwait depois da Guerra do Golfo, em 1991. Na época, o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein mandou incendiar 730 dos mil poços de petróleo do Kuwait, liberando uma enorme nuvem de fuligem e gases tóxicos que matou pelo menos mil pessoas diretamente. O incêndio demorou oito meses para ser controlado, mas o desastre ambiental deixou marcas até hoje. Durante a Guerra do Iraque deste ano, surgiram novas suspeitas de incêndios, especialmente no sul daquele país. Entretanto, as primeiras análises indicam que felizmente o problema não foi tão grave como há 12 anos.

Anatomia de um desastre
Na Guerra do Golfo, em 1991, poços ardentes deixaram uma herança macabra
• Os santuários de alimentação de mais de 100 mil aves marinhas foram destruídos. No total, estima-se que 25 mil tenham morrido
• Um mapeamento com fotos de satélite do litoral do Kuwait revelou que certas regiões ficaram 10 dias sem luz do sol por causa das nuvens de fuligem dos incêndios, prejudicando os ecossistemas no litoral do país
• Uma estimativa da Organização Mundial de Saúde indica que o total de mortes no Kuwait aumentou 10% por causa de problemas respiratórios originados pelo conflito. Houve pelo menos 1 000 mortes diretas
• No golfo Pérsico, mais de 600 quilômetros de praias ficaram poluídos pela mancha de petróleo, que no momento mais crítico do pós-guerra atingiu cerca de 1 500 quilômetros quadrados no mar

Escudo negro: fumaça de poço em chamas impede que a luz solar chegue ao Kuwait, em 1991.


●●● Postado por Dayana C. Rodrigues.

Como é a limpeza de uma área atingida por vazamento de petróleo?

Quando escapa óleo de um navio petroleiro, de um oleoduto ou de uma plataforma de exploração, as equipes de limpeza tentam agir rápido. Para diminuir o impacto do acidente, elas atuam de duas maneiras: primeiro, cercando a mancha de óleo para evitar que o vazamento se espalhe. Segundo, iniciando a recuperação da área. No final, o óleo recolhido é separado da água ou da areia e, depois de processado, pode até ser usado de novo. Mesmo que seja cercada de cuidados, a exploração de petróleo é considerada uma atividade de alto risco ambiental. Os acidentes ainda são constantes: apenas nos Estados Unidos, cerca de 14 mil derramamentos são registrados a cada ano. No Brasil, um dos mais graves foi o acidente na baía de Guanabara, em janeiro de 2000, quando um duto se rompeu e lançou ao mar 1,3 milhão de litros de petróleo, afetando dezenas de quilômetros de manguezal.
Depois desse acidente, a Petrobras, empresa que controla a maior parte do mercado de petróleo do país, investiu cerca de 5 bilhões de reais em segurança, reduzindo o volume de vazamentos de quase 6 milhões de litros em 2000 para 250 mil litros em 2003. "Os 7 mil quilômetros da malha principal de oleodutos têm controle automático, que interrompe o transporte de produtos quando há falhas. Também criamos nove centros de defesa ambiental, com equipes de 19 técnicos de plantão para combater vazamentos", diz o engenheiro Jayme de Seta Filho, da Petrobras. As entidades ambientalistas reconhecem os avanços, mas indicam que os vazamentos são só um dos problemas do uso do petróleo como combustível. "A exploração de óleo e gás traz impactos ao meio ambiente em todas as suas fases, do mapeamento ao transporte final. É preciso prevenir acidentes e preservar áreas ecologicamente sensíveis à retirada do produto", afirma o ambientalista Guilherme Fraga Dutra, da ONG Conservation International.

Corrida contra o tempo
Rapidez é fundamental para conter o derramamento e retirar a sujeira do mar.
1. Quando ocorre um vazamento, a primeira ação das equipes de limpeza é tentar diminuir o estrago do acidente. Para isso, os técnicos usam barreiras flutuantes que cercam a mancha de óleo na direção contrária aos ventos e correntes marítimas. Além de conter o vazamento, as barreiras tornam o óleo mais concentrado, facilitando a remoção da mancha e barrando a entrada da sujeira em regiões de preservação, como mangues e corais
2. A etapa seguinte é a retirada do produto que vazou. Como óleo e água têm densidades diferentes e não se misturam, o líquido derramado geralmente forma uma mancha de poucos centímetros de espessura na superfície. Para removê-la, entram em ação barcos recolhedores, com esteiras mecânicas aderentes que extraem o óleo do mar, despejando-o em dois tanques com 4 mil litros de capacidade
3. Quando os recolhedores já retiraram boa parte do óleo e a mancha está menos espessa, os técnicos lançam na água substâncias químicas, chamadas de dispersantes, que quebram a mancha de óleo em partes menores, facilitando o trabalho das bactérias do mar que degradam naturalmente o petróleo. Como alguns desses produtos podem ser tóxicos à fauna e à flora, seu uso só é permitido com autorização dos órgãos ambientais

RESGATE ANIMAL
No salvamento dos bichos, a ação começa na própria praia. Primeiro, os biólogos utilizam panos para retirar o óleo mais grosso. Depois, os animais são levados para contêineres onde recebem banhos com água morna e detergentes. Em seguida, eles são medicados com uma aplicação de carvão ativado, que consegue diminuir a absorção de petróleo pelo organismo, e passam por um período de repouso antes de serem devolvidos à natureza

CHAMAS CONTROLADAS
Uma forma mais radical de remover a sujeira é atear fogo à mancha de petróleo. O incêndio, porém, é calculado: uma barreira inflável com um revestimento à prova de chamas confina a mancha e consegue resistir à queima do óleo na água. A prática é proibida no Brasil, mas faz parte do combate em países como os Estados Unidos, quando a recuperação do óleo é difícil e o fogaréu é considerado seguro - geralmente, longe da costa

TRINCHEIRA DUPLA
Dois tipos de barreiras são usadas nos vazamentos. A primeira, de contenção, é formada por flutuadores de plástico revestidos por uma lona impermeável. A outra, de absorção, é feita de polipropileno, um material poroso derivado do petróleo capaz de sugar o líquido do mar. Para dar uma idéia, cada 3 metros de barreira absorvem 70 litros de óleo

DE GRÃO EM GRÃO
Para recuperar as praias, as equipes de limpeza dispõem de aspiradores que sugam a areia suja para dentro de um barril. Quando não há esse aparelho, o mais comum é raspar a areia com rodos, retirando a sujeira aos poucos. As duas técnicas prejudicam menos o meio ambiente que a raspagem feita por tratores, que mata os microorganismos da praia


●●● Postado por Dayana C. Rodrigues.

Vazamento de Petróleo: Catástrofe Ambiental

Às 22h do dia 20 de abril houve uma explosão no Golfo do México. Onze funcionários da empresa British Petroleum ficaram desaparecidos no acidente. Desde então, formou-se uma corrida contra aquele que pode ser tornar em breve o maior derramamento de óleo já ocorrido nos Estados Unidos, e um dos maiores da história – somando todas as manchas, a área é comparável ao tamanho de um país como Porto Rico.

O acidente ocorreu em uma região de intensa exploração de petróleo, a 65 quilômetros da costa do estado americano da Louisiana.

Quando a plataforma Deepwater Horizon pegou fogo, um sistema automático deveria ter fechado imediatamente uma válvula no fundo do mar. Deveria, mas não fechou.

O equipamento de emergência falhou e, quando a plataforma afundou, dois dias depois, a tampa do poço ficou aberta. E há 12 dias o petróleo vaza sem interrupção.

E agora que o equipamento falhou, interromper o vazamento de quase um milhão de litros de petróleo por dia no Golfo do México, e que acaba de chegar a uma reserva natural?

Bastaria girar a válvula e o poço ficaria fechado para sempre. Mas o equipamento está a mais de 1,5 mil metros de profundidade.


●●● Postado por Thais Barcella.