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Manual de Etiqueta Sustentável

Você é sustentável?
Teste aqui : http://planetasustentavel.abril.com.br/manual/index.php

" [...] Neste Manual, você pode testar se você é realmente sustentável. Para isso, em cada dica, é só assinalar SIM ou NÃO que, automaticamente, o nível de esforço e de impacto de cada ação será registrado".
" [...] A luta pela sustentabilidade será vencida em diversas frentes – que vão da tecnologia à política. Mas em todas elas será preciso promover a mudança de hábitos pessoais. Este manual ensina como começar a modificar os seus. É preciso fazer algo. E devemos fazer já".

●●● Postado por Eloisa Dalsin.

O Consumo de Energia

Estimativas apontam que o aumento do consumo doméstico de eletricidade ocorre no mesmo ritmo do crescimento populacional (inferiores a 1% ao ano), uma vez que a maior parte da população atingiu padrões de consumo que se estabilizaram em níveis bastante elevados. Aprofundando mais essa pesquisa, descobrimos que entre 2015 e 2020 os países subdesenvolvidos estarão, em termos absolutos, consumindo mais energia que os desenvolvidos.

A produção energética é obtida, acima de tudo, sob investimentos. Seja no elevado custo na construção de usinas hidrelétricas e parques eólicos de origem energética rentável; ou no esgotável uso de fontes como combustíveis fósseis e soluções caras, as conseqüências transparecem de alguma forma. O preço que se paga é sempre monetário e/ou ambiental. O combate ao desperdício de energia é uma medida consciente para melhorar a qualidade de vida, preservar os recursos naturais e ampliar o tempo dos recursos não renováveis existentes. Ademais, essas atitudes valorizam a energia limpa dentro do nosso país, além de incentivar essa forma de obtenção de eletricidade e reduzir custos para a nação e os consumidores. Ser ponderado com o consumo de energia é uma questão patriótica e de compromisso com o avanço do país, uma vez que os investimentos do governo em relação ao sistema elétrico são mais bem aproveitados e a cultura de economia elétrica sobrevive através de cidadãos conscientes, educando gerações posteriores. A atuação do brasileiro no combate ao desperdício de energia de consumo doméstico representa uma economia em seu bolso e contribui para o desenvolvimento sustentável, além do exercício da cidadania, onde todos são unidos por fortes laços de sociedade e dependem da consciência do outro. Não desperdiçar energia é uma forma inteligente de desenvolver a educação, a economia e o progresso do Brasil.

Abaixo, algumas dicas para economizar dinheiro e energia elétrica:

Lâmpadas: Durante o dia, aproveite os raios solares e evite acender lâmpadas.
Substitua todas as lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes. Elas iluminam melhor, duram de 5 a 10 vezes mais e gastam menos energia. Instale-as na cozinha, lavanderia e garagem e qualquer outro local que fique com as luzes acesas por mais de 4 horas por dia.

Apague sempre as luzes ao sair de um cômodo.
Paredes e tetos de cores claras refletem melhor a luz, reduzindo a necessidade de luz artificial.
Utilize iluminação dirigida para leitura e trabalhos manuais.
Tire o pó das lâmpadas elétricas.

Chuveiro: É um dos equipamentos que mais consome energia. Evite seu uso no horário de pico (18 às 21h).
Eleve a temperatura da água apenas nos dias frios, pois ele é responsável por uma grande parcela do consumo mensal de energia de qualquer residência. Se você quiser economizar 30% de energia, mantenha a chave na posição verão.
Feche a torneira ao se ensaboar.
Limpe periodicamente os orifícios de saída de água.
Use somente resistências originais. Evite adaptações.

Geladeira:
Ao atacar a geladeira, retire os alimentos de uma só vez, não coloque comida quente lá dentro.
Prefira os modelos com o Selo Procel de Economia de Energia.Coloque o aparelho em local ventilado, desencostado de paredes (mínimo 15 cm), longe do fogão, aquecedores ou áreas expostas ao sol.Evite deixá-la aberta por tempo prolongado. A entrada de ar quente faz o motor trabalhar mais. Arrume os alimentos de forma que você possa encontrá-los rapidamente.Não forre as prateleiras da geladeira com vidros ou plásticos. Isto dificulta a circulação interna de ar.
Descongele o freezer periodicamente para evitar que se forme camada de gelo com mais de meio centímetro.
Conserve limpas as serpentinas (grades) de trás do aparelho e não as use para secar panos ou roupas.
Quando se ausentar de casa por tempo prolongado, o ideal é esvaziar a geladeira e o freezer e desligar da tomada.
Mantenha as borrachas de vedação da porta em perfeito estado, evitando fuga de ar frio.
Durante o inverno, regule o termostato para uma posição mínima.*Cuidado com geladeiras velhas pois o gás CFC pode vazar ameaçando a camada de ozônio. Trocar a geladeira velha por uma nova mais eficiente pode resultar em uma grande economia mensal, pois esse eletrodoméstico responde por uma grande parcela do consumo energético da casa;

Ar condicionado: Ao fazer uso do condicionar de ar, certifique-se de que todas as portas e janelas estão devidamente fechadas. Se houverem frestas, providencie o seu vedamento. A fuga de ar frio faz com que o aparelho trabalhe mais e consuma uma maior quantidade de energia;
Ao instalar, proteja a parte externa do aparelho da incidência do sol, sem bloquear as grades de ventilação. Instale-o em local com boa circulação de ar.
Não tape a saída de ar do aparelho. Evite o frio excessivo, regulando o termostato.
Limpe sempre os filtros para não prejudicar a circulação de ar.
Antes de comprar, avalie a opção do ventilador de teto para atender sua necessidade.
à Televisão : Desligue a TV se não tiver ninguém assistindo.
Evite dormir com a televisão ligada. Uma opção é programar o aparelho para desligar sozinho (timer).
Tire da tomada seus eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos sempre que for passar muito tempo sem utilizá-los, pois eles geralmente consomem energia mesmo no modo de espera

Ferro Elétrico:
Acumule sempre a maior quantidade de peças de roupa possível, para ligar o ferro o mínimo de vezes. Antes de ligar o ferro, retire as roupas do varal e separe as peças que não precisam ser passadas, como tecidos que não amassam. Passe primeiro as roupas delicadas que precisam de menos calor. No final, depois de desligar o ferro, aproveite ainda o seu calor para passar algumas roupas leves.
Evite utilizar o ferro elétrico quando vários aparelhos estiverem ligados para evitar que a rede elétrica fique sobrecarregada.
Não deixe o ferro ligado sem necessidade.
à Máquina de Lavar Roupa : Só ligue a máquina com a capacidade máxima de roupas indicada pelo fabricante. Economize água e energia.
Mantenha o filtro sempre limpo.Use somente a dosagem correta de sabão, para não repetir o enxágue.Secar as roupas no varal e não na secadora.

Computador: Não deixe impressoras e outros acessórios ligados sem necessidade.Configure o computador para que a tela do monitor seja desligada depois de um tempo de inatividade. Peça ajuda a um técnico de informática.
à Aquecedor Solar: Uma excelente alternativa para economizar energia é o coletor solar utilizado para o aquecimento de água, geralmente colocado sobre o telhado das casas ou edifícios. Por longo prazo, você poupará energia e dinheiro.
* Retire os eletrodomésticos da tomada quando não estiverem sendo usados.
* Retire da tomada os carregadores de celulares e outros aparelhos assim que a carga estiver completa, pois há algum consumo de energia mesmo após concluído o carregamento e desconectado o aparelho;
* As instalações clandestinas, os famosos “gatos” colocam em risco nossa vida e fios desencapados, que dão choques e deixam escapar corrente.

No ato da compra: Verifique se o produto tem o SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA que tem por objetivo orientar o consumidor, indicando os produtos que apresentam os melhores níveis de eficiência energética dentro de cada categoria como: geladeira, freezer, ar-condicionado, coletor solar, lâmpada fluorescente compacta e circular. O PROCEL - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, também objetiva estimular a fabricação de produtos mais eficientes, contribuindo para a redução de impactos ambientais. Já o Selo CONPET de Eficiência Energética, é destinado aos equipamentos consumidores de derivados de petróleo ou de gás natural como fogões, fornos e aquecedores de água a gás. Lar ecológico: Edificações Sustentáveis - Arquitetos podem projetar construções ecológicas utilizando: madeiras de reflorestamento, energia solar, reaproveitamento da água (principalmente para descargas no vaso sanitário), tecnologia para captação de chuva, camada de terra com vegetação para diminuir o aquecimento interno, sensores de presença para iluminação, ampla ventilação (janelas), tijolos de vidro e telhas translúcidas para aproveitar a luz natural, etc. Árvores dão sombra e ajudam a refrescar a casa.


Fontes: http://www.natureba.com.br/economia-energia-eletrica.htm http://wwwp.fc.unesp.br/~lavarda/procie/dez14/marcos/index.htm http://www.tudobox.com/317/como_economizar_energia_eletrica.html

●●● Postado por Eloisa Dalsin.

Nanocristais criam células solares de alta eficiência

Pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, demonstraram que é possível capturar os elétrons perdidos pelas células solares e direcioná-los para o circuito elétrico.

A descoberta, segundo eles, abre a possibilidade de construir células solares com eficiência de duas vezes a três vezes maior do que as atuais, que raramente superam os 20%.

Os elétrons capturados são aqueles que normalmente escapam do circuito da célula solar e se perdem no ambiente na forma de calor.

Elétrons quentes

Na maioria das células solares atuais, os raios do Sol incidem sobre a camada superior das células, normalmente feita de silício cristalino.

O problema é que muitos elétrons no silício absorvem quantidades excessivas da energia solar e irradiam essa energia para fora da célula solar, na forma de calor, antes que ela possa ser aproveitada.

Uma primeira abordagem para aproveitar essa energia consiste na transferência desses "elétrons quentes", tirando-os do semicondutor e levando-os para um fio, ou circuito elétrico, antes que eles percam energia.

Mas os esforços para extrair esses elétrons dos semicondutores tradicionais de silício ainda não tiveram sucesso.

Nanocristais

No entanto, quando esses semicondutores são construídos na forma de estruturas extremamente pequenas, medindo poucos nanômetros, eles formam os chamados pontos quânticos, nanocristais que possuem propriedades diferentes do silício cristalino normal.

"A teoria diz que os pontos quânticos devem retardar a perda de energia na forma de calor," conta William Tisdale, que realizou os experimentos deste novo estudo. "A grande questão para nós era saber se poderíamos também acelerar a extração e a transferência dos elétrons quentes o suficiente para agarrá-los antes que eles resfriassem."

Tisdale e seus colegas demonstraram que pontos quânticos feitos de um outro semicondutor, o seleneto de chumbo, em vez de silício, são capazes de capturar os elétrons ainda "quentes".

A seguir, os elétrons foram direcionados para uma camada de dióxido de titânio, um outro material semicondutor barato e largamente utilizado na indústria. O dióxido de titânio funciona como um fio para levar os elétrons para o circuito elétrico, elevando a potência de saída do circuito.

Células solares de pontos quânticos

Extrapolando os resultados do rendimento verificado no experimento, os cientistas calculam que é possível construir células solares de pontos quânticos com uma eficiência de 66%, praticamente três vezes mais do que as células solares disponíveis comercialmente.

"Este é um resultado muito promissor," disse Tisdale. "Nós demonstramos que você pode arrancar os elétrons quentes muito rapidamente - antes que eles percam sua energia."

O trabalho, contudo, ainda está no início. Agora os cientistas precisam construir células solares reais, usando os pontos quânticos de seleneto de chumbo e verificar cuidadosamente seu funcionamento, eventualmente escolhendo outros materiais.

O uso do dióxido de titânio também precisará ser revisto ou otimizado. Embora ele capture os elétrons quentes, os elétrons perdem parte de sua energia no próprio material. Eventualmente uma nova arquitetura de construção das células solares possa resolver o problema.

De qualquer forma, os resultados deixaram os cientistas animados. "Eu me sinto confortável em dizer que a energia solar está para se tornar um grande componente da nossa oferta energética no futuro," disse Eray Aydil, coordenador do estudo.

●●● Postado por Thais Barcella.

Japoneses transformam alegria de torcedor em energia elétrica

Um aparelho produz energia a partir da vibração da torcida. Placas captam o movimento de quem está em cima delas e também servem para saber se os torcedores estão animados ou não com o jogo. Cientistas japoneses encontraram uma forma de transformar em eletricidade a energia dos torcedores num estádio. No moderníssimo estádio da cidade de Kobe, o torcedor tem todo o conforto que a tecnologia pode dar: o teto fecha se chover, um aparelho em forma de canhão é um ventilador, tem telão de última geração. A conta de luz é altíssima e os torcedores foram convocados para ajudar a pagá-la. Não precisa gastar mais no ingresso, basta torcer mais. Um equipamento produz energia a partir da vibração da torcida. Placas captam o movimento de quem está em cima delas e também servem para saber se os torcedores estão animados ou não com o jogo. Porque quanto mais eles pularem, mais energia vão produzir.

●●● Postado por Damires Scottá.

Balada Sustentável ● Energia na Pista de Dança

“A cada passo que damos, produzimos energia, que deixamos para trás. E se pudéssemos capturar essa energia e usá-la como uma fonte limpa de eletricidade?” Esse foi o lema da Sustainable Dance Club – uma empresa que desenvolve sistemas mais sustentáveis para “baladas verdes” – para criar o Sustainable Dance Floor. É uma pista de dança, com molas e microchips na parte de baixo, que capta a energia produzida por nossos movimentos de dança e a envia para um gerador, que armazena eletricidade. Por enquanto, essa energia é utilizada, apenas, para acender as lâmpadas LED da pista de dança. Segundo a empresa criadora, uma pessoa pode produzir, por noite, entre 2 e 20 Watts de energia e, dependendo da intensidade dos movimentos de cada um, a pista acende com cores diferentes. Mas a ideia foi tão bem aceita entre pesquisadores que, na Universidade de Delft, na Holanda, especialistas estudam um jeito de aperfeiçoar a técnica para poder usá-la como fonte de energia elétrica para toda a estrutura das baladas. Já pensou se a moda pega? Será que seremos capazes de produzir eletricidade necessária para iluminar ginásios, ruas e outros lugares com grandes concentrações de pessoas?”

●●● Postado por Damires Scottá.

Ecotelhado

A Ecotelhado, empresa especialista em infraestrutura verde urbana, já instalou 45 mil metros quadrados de telhados verdes no Brasil.

Em junho, 70% dos pedidos de telhados ecológicos foram de corporações e instituições de grande porte.

Patenteado em 2005, o ecotelhado funciona como isolante térmico, retardando o aquecimento dos ambientes durante o dia e conservando a temperatura durante a noite. Além de isolar o calor, absorve cerca de 30% da água da chuva, reduzindo a possibilidade de enchentes nas cidades.

Fontes: Jornal Zero Hora - Nosso Mundo Sustentável - Dia 09/08/2010.

●●● Postado por Thais Barcella.

“Gerador de energia à base de esterco suíno já funciona"

Metano dos biodigestores movimenta o gerador da Santa Clara.

[...] sobre o reaproveitamento do esterco de suínos que, em decomposição nos biodigestores da Cooperativa Santa Clara, gera metano, o gás que se acumula na atmosfera e, a exemplo do gás carbônico, eleva o calor no planeta criando o efeito estufa. Até pouco tempo atrás, esse gás era simplesmente queimado, mas agora gera energia elétrica.

O sistema foi planejado e implantado por etapas. Em setembro de 2008 os três biodigestores passaram a receber o esterco de pocilgas. Cada um mede 19x39 metros, com a profundidade variando de 4 a 7 metros.

Os balões são de uma lona especial de duas camadas que impermeabiliza o esterco, que não tem mais contato com o meio ambiente, criando a biodigestão anaeróbica (sem a presença de oxigênio). A ação da bactéria na decomposição da matéria orgânica gera o metano.

O gás foi canalizado até o gerador, distante aproximadamente 100 metros dos biodigestores. O motor Mercedes Benz de seis cilindros queima o gás e movimenta o gerador de energia elétrica. Um transformador se encarrega de distribuí-la em 380 e 220 volts.

Os testes iniciaram dois meses atrás e, há mais de 20 dias, passou a funcionar sem interrupção. Segundo o gerente do Frigorífico e da suinocultura da Santa Clara, Glademir Luiz Mecca, são gerados dois megavolts por dia. Um megavolt equivale a 1000 volts, o que deixa a geração diária de dois mil volts.

Segundo Mecca, a energia gerada é utilizada na estação de tratamento de efluentes das indústrias da Cooperativa: “ali aumenta os motores, as bombas e os aeradores das três lagoas de decantação de efluentes.”

O estudo de viabilidade econômica apontou 16 meses como o tempo necessário para o custo do sistema se pagar. Pelos cálculos de Mecca, em média, eram gastos R$ 30 mil ao mês para pagar a energia utilizada na estação de tratamento.

“Precisaria de mais alguns meses para fazer o cálculo certo”, observa Mecca, “também deve se considerar o clima, já que o calor facilita a proliferação de bactérias no biodigestor, o que aumenta a quantidade de metano produzida. Pela medição atual, vamos economizar em torno de R$ 12 mil por mês”.

Segundo o diretor administrativo e financeiro da Santa Clara, Alexandre Guerra, o investimento total neste sistema foi de R$ 542 mil, mas é viável por diferentes motivos: “o investimento é elevado, mas considerando os aspectos de preservação do meio ambiente e a economia, é um sistema ecologicamente correto e gerador de benefício econômico”.

Sistema semelhante foi implantado justo às pocilgas da Santa Clara em Selbach, onde existem 3000 matrizes, Lá, o investimento foi da ordem de R$ 340 mil. A captura de gás metano tem outra vantagem para a empresa: possibilidade de obter dividendos no mercado de créditos de carbono, incentivo criado pelo Protocolo de Kyoto. A empresa que captura o gás recebe o crédito, na proporção de um para cada tonelada de gás capturado, e vende no mercado.

Essa questão se encontra estacionada, revela Alexandre: “ Ocorre que alguns países não assinaram o tratado, e as empresas que atuavam nesta área estão receosas, mas é algo que poderá gerar um ganho financeiro futuro.”

Resíduo vira adubo
Outro aspecto positivo do sistema de decomposição do esterco de suínos é o aproveitamento do resíduo líquido (chorume) do esterco como adubo orgânico. Trata-se de um excelente fertilizante rico em nitrogênio.

O funcionário que cuida do sistema de biodigestão, Paulo Aristeu Limberger, também distribuiu o adubo líquido pelas lavouras dos agricultores interessados. Segundo Paulo, a retirada do líquido é na mesma proporção do esterco que entra diariamente nos biodigestores: “A gente mede a estrada de esterco e se retira a mesma quantidade de líquido. Na média, fica em 100 mil litros por dia”.

O resíduo de esterno, tanto suíno como bovino, não deve exalar cheiro forte ao ser colocado nas lavouras. Para isso, é preciso que o processo de biodigestão (fermentação) tenha completado seu ciclo. Quando exala mau cheiro, é porque o processo de fermentação ainda não está completo.

Fonte:
Jornal Contexto - 07/08/10.

●●● Postado por Eloísa Dalsin.

RN alcançará autossuficiência de geração de energia neste ano

O Rio Grande do Norte alcançará neste ano a autossuficiência em capacidade de geração de energia. A demanda média do estado é de 600 MW e a capacidade atual de geração é de 510,1 MW através das termelétricas Vale do Açu (Termoaçu), de 340MW, Potiguar I (53MW), Potiguar III (66MW), além das eólicas Rio do Fogo (49,3MW) e Macau (1,8MW).

De acordo com o secretário de Energia do Rio Grande do Norte, Jean Paul Prates, com a entrada em operação prevista para este ano dos parques eólicos de Alegria I e II, que juntos somam 151,8 MW, o estado atingirá 661,9 MW de capacidade instalada, superando a necessidade de consumo.
Com a entrada em 2012 das usinas eólicas negociadas no leilão de eólicas, realizado no último dia 14 de dezembro, o estado terá condições de gerar mais que o dobro da energia que consome. Dos 1.805 MW comercializados, o Rio Grande do Norte vai abrigar 657 MW. Para Prates, o resultado do certame já era o esperado. "Surpreendeu as outras pessoas que viam o Rio Grande do Norte como um estado atrasado ou menos importante economicamente mas, para nós que fizemos o trabalho, não foi uma surpresa".

A preparação do Rio Grande do Norte para conseguir receber os 23 empreendimentos dos 71 projetos começou tempos antes do leilão e foi dividido em três fases. A primeira delas, segundo Prates, foi organizar a informação setorial da área eólica e conhecer o potencial de projetos e suas necessidades. A segunda etapa consistia na busca pela atratividade, seguida por uma maior competitividade.

Com investimentos de aproximadamente R$ 3,5 bilhões, os projetos aprovados devem gerar entre 3 e 4 mil empregos, segundo Prates. "Se se mantiver um certo fluxo de leilões acontecendo, novos parques se instalando, esta média de emprego deve ser mantida ao longo de quase uma década", explicou.

Para que empresas possam se instalar no estado, estão sendo disponibilizados "todos os incentivos em nível estadual possíveis e admitidos por lei", ainda de acordo com o secretário. O executivo informou ainda que o Rio Grande do Norte e o Ceará estudam a criação de um polo industrial bilateral eólico. "Os governadores dos dois estados conversarão este ano para, em vez de competirmos predatoriamente, fazermos uma parceria e ter este polo bilateral. Quando as empresas se instalam próximo às divisas, elas geram emprego para os dois estados".

A fonte de geração solar também é um dos focos do Rio Grande do Norte. De acordo com Prates, o estado pretende promover no próximo mês de fevereiro um seminário com especialistas, agentes do governo, do setor elétrico e investidores para obter conclusões sobre a viabilidade da energia solar no Brasil e especificamente no Rio Grande do Norte. "A gente tem um foco em energias renováveis muito forte com as eólicas na liderança, mas sem esquecer da energia solar, que tambem precisa passar pelo mesmo processo de discussão, como viabilização, organização da informação, atratividade e competitividade".

Em um acordo com a Petrobras, o estado quer implantar uma usina experimental solar térmica, de 30 MW, no Vale do Açu. Segundo Prates, a usina será baseada no mesmo princípio que a Termoaçu, ou seja, quando não tiver gerando energia, a unidade deve gerar vapor para a injeção nos poços de petróleo. O início da operação está previsto para o fim do próximo ano.

●●● Postado por Dayana C. Rodrigues.

Energia Eólica é suficiente para o mundo, diz estudo

O vento pode suprir as necessidades energéticas do mundo, segundo estudo publicado nesta terça (23) na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”. A notícia é um bom presságio para os defensores das fontes limpas de energia. A matriz eólica, como a solar, suscita esperanças na luta contra o aquecimento global. No Brasil, se os cálculos do estudo estiverem certos, só os aerogeradores terrestres produziriam, no mínimo, cerca de 14 vezes a eletricidade consumida no País. Para os aerogeradores marítimos, a proporção seria de cerca de três vezes as necessidades brasileiras.


Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e do Centro de Pesquisa Técnica VTT, da Finlândia, determinaram a energia que poderia ser produzida em cada turbina eólica com base na velocidade local do vento, na densidade do ar, no possível espaçamento dos aerogeradores e no tamanho das hélices. Os cientistas também consideraram áreas no mar. Os aerogeradores implantados em terra firme conseguiriam produzir o equivalente a 40 vezes o consumo mundial de eletricidade e cerca de cinco vezes o consumo de energia em todas as suas formas.

Nos Estados Unidos, por exemplo, seria possível produzir 16 vezes o consumo atual de eletricidade do país. Um dos autores do estudo, Michael McElroy, da Universidade Harvard, considera essencial um esforço global para viabilizar o uso da energia eólica em todo o mundo. “Também seria necessário reformar o sistema de distribuição de eletricidade atual”, aponta McElroy.

O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ênio Bueno, especialista em energia eólica, pondera que o estudo leva em conta apenas o potencial de aproveitamento dos ventos para geração de energia. “Seria preciso considerar também a viabilidade técnica em cada local e a viabilidade financeira”, aponta. “Isso reduz muito a previsão dos pesquisadores.” Estudo dos técnicos do Inpe, em janeiro, mostra que os ventos brasileiros podem atender mais de 60% do consumo nacional de energia de forma competitiva. Com o barateamento progressivo da tecnologia, o porcentual deve aumentar. Atualmente, menos de 1% da energia consumida no país é gerada por vento.


●●● Postado por Jhonatan Bertoldo.

Energia Eólica


A energia eólica é a energia que provém do vento. Desde a antiguidade este tipo de energia é utilizado pelo homem, principalmente nas embarcações e moinhos. Atualmente, a energia eólica, embora pouco utilizada, é considerada uma importante fonte de energia por se tratar de uma fonte limpa (não gera poluição e não agride o meio ambiente). Na atualidade utiliza-se a energia eólica para mover aero geradores - grandes turbinas colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a forma de um cata-vento ou um moinho. Esse movimento, através de um gerador, produz energia elétrica. Precisam agrupar-se em parques eólicos, concentrações de aero geradores, necessários para que a produção de energia se torne rentável, mas podem ser usados isoladamente, para alimentar localidades remotas e distantes da rede de transmissão. É possível ainda a utilização de aero geradores de baixa tensão quando se trata de requisitos limitados de energia elétrica.

A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia, principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa, amplamente distribuída globalmente e, se utilizada para substituir fontes de combustíveis fósseis, auxilia na redução do efeito estufa. Em países como o Brasil, que possuem uma grande malha hidrográfica, a energia eólica pode se tornar importante no futuro, porque ela não consome água, que é um bem cada vez mais escasso e que também vai ficar cada vez mais controlado. Em países com uma malha hidrográfica pequena, a energia eólica passa a ter um papel fundamental já nos dias atuais, como talvez a única energia limpa e eficaz nesses locais. Além da questão ambiental, as turbinas eólicas possuem a vantagem de poderem ser utilizadas tanto em conexão com redes elétricas como em lugares isolados, não sendo necessária a implementação de linhas de transmissão para alimentar certas regiões (que possuam aero geradores). O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos anos. Em 2005 o custo da energia eólica era cerca de um quinto do que custava no final dos anos 1990, e essa queda de custos deve continuar com a ascensão da tecnologia de produção de grandes aero geradores. No ano de 2003 a energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados Unidos.[carece de fontes?]

A maioria das formas de geração de eletricidade requerem altíssimos investimentos de capital e baixos custos de manutenção. Isto é particularmente verdade para o caso da energia eólica, onde os custos com a construção de cada aero gerador podem alcançar milhões de reais, os custos com manutenção são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do cálculo de investimento e custo nesta forma de energia levam-se em conta diversos fatores, como a produção anual estimada, as taxas de juros, os custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos geradores. Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia eólica diferem muito, de acordo com a localização de cada usina.

Apesar da grandiosidade dos modernos moinhos de vento, a tecnologia utilizada continua a mesma de há 1000 anos, tudo indicando que brevemente será suplantada por outras tecnologias de maior eficiência, como é o caso da turbo vela, uma voluta vertical apropriada para capturar vento a baixa pressão ao passar nos rotores axiais protegidos internamente. Esse tipo não oferece riscos de colisões das pás com objetos voadores (animais silvestres) e não interfere na áudio visão. Essa tecnologia já é uma realidade que tanto pode ser introduzida no meio ambiente marinho como no terrestre.

O Brasil tem um dos maiores potenciais eólicos do planeta e, embora hoje o vento seja responsável por míseros 29 megawatts (MW) dos cerca de 92 mil MW instalados no país, há planos ambiciosos para exploração dessa fonte de energia. O que impede a instalação de mais centrais eólicas ainda é o preço. A energia gerada por uma central eólica custa entre 60% e 70% a mais que a mesma quantidade gerada por uma usina hidrelétrica. Por outro lado, a energia do vento tem a grande vantagem de ser inesgotável e causar pouquíssimo impacto ao ambiente.
Atualmente, apenas 1% da energia gerada no mundo provém deste tipo de fonte. Porém, o potencial para exploração é grande.


●●● Postado por Jhonatan Bertoldo.

Peixes elétricos também geram energia!


O peixe elétrico gera eletricidade através dos órgãos que se localizam ao longo de quase todo o corpo. Derivam de tecidos musculares, modificados que, em vez de contrair, como fazem os músculos, liberam energia para o meio ambiente. Há peixes elétricos, como o poraquê da Amazônia, capazes de produzir descargas elétricas de até 1.500 volts, e até 3 ampères (ainda que não nesta combinação).

As descargas são produzidas por células musculares cahamadas de ELETRÓCITOS, dispostas em conjunto - chamados de MIOELETROPLACAS, concentradas sobretudo na cauda, que ocupa quatro quintos do comprimento geral do peixe.

Na verdade, as células nervosas de qualquer organismo são capazes de gerar pequenas quantidades de potencial elétrico que atuam sobre a musculatura na contração e no relaxamento. A diferença é que, no peixe elétrico, cada uma destas células pode gerar um potencial elétrico de cerca de 0,14 volts!

Um peixe adulto pode ter de 2 mil a mais de 10 mil mioeletroplacas, conforme o seu tamanho. Estas dispõem-se em série e ativam-se simultaneamente, no momento da captura de uma presa ou de defesa contra um agressor. Gerada a eletricidade, os três órgãos elétricos com os quais o animal é dotado – de Sach, de Hunter e o órgão principal –a descarregam sobre a vítima.


Observações:
• descargas de 900 – 1500 volts (limite);
• Pode ser 55 vezes mais potente que a bateria de um automóvel;
• Enzimas, sódio e potássio fazem o jogo químico que produz a eletricidade;
• orgão especializado - orgão elétrico;
• A diferença entre uma célula muscular normal e um eletrócito é que, enquanto a primeira se contrai ao receber um estímulo nervoso, a segunda é adaptada para transformar a excitação em eletricidade.



●●● Postado por Damires Scotta.

Biomassa

Atualmente o Brasil encontra-se em situação privilegiada no que se refere a suas fontes primárias de oferta de energia. Verifica-se que a maioria da energia consumida no país é proveniente de fontes renováveis de energia (hidroeletricidade, biomassa em forma de lenha e derivados da madeira, como serragem, carvão vegetal, derivados da cana-de-açúcar e outras mais).

Como o "apagão" tornou-se evidente e, conseqüentemente, o racionamento de energia, começaram as discussões sobre a matriz energética brasileira.

A utilização de biomassa para produção de energia, tanto elétrica como em forma de vapor, em caldeiras ou fornos já é uma realidade no Brasil. O uso da madeira para a geração de energia apresenta algumas vantagens e desvantagens, quando relacionadas com combustíveis à base de petróleo.


Vantagens:

• Baixo custo de aquisição;
• Não emite dióxido de enxofre;
• As cinzas são menos agressivas ao meio ambiente que as provenientes de combustíveis fósseis;
• Menor corrosão dos equipamentos (caldeiras, fornos);
• Menor risco ambiental;
• Recurso renovável;
• Emissões não contribuem para o efeito estufa.

Desvantagens:

• Menor poder calorífico;
• Maior possibilidade de geração de material particulado para a atmosfera. Isto significa maior custo de investimento para a caldeira e os equipamentos para remoção de material particulado;
• Dificuldades no estoque e armazenamento.

Além das citadas acima, existem algumas vantagens indiretas, como é o caso de madeireiras que utilizam os resíduos do processo de fabricação (serragem, cavacos e pedaços de madeira) para a própria produção de energia, reduzindo, desta maneira, o volume de resíduo do processo industrial.

Algumas das desvantagens podem ser compensadas através de monitoramento de parâmetros do processo. Para o controle do proceso de combustão devem ser monitorados o excesso de ar, CO e, para instalações de grande porte, também, deve existir o monitoramento da densidade colorimétrica da fumaça por um sistema on-line instalado na chaminé. Esses controles do processo de combustão são medidas para impedir a geração de poluentes e, assim chamadas indiretas. As Medidas Indiretas visam reduzir a geração e o impacto de poluentes sem aplicação de equipamentos de remoção. O uso de equipamentos de remoção é uma medida direta que visa remover aquela parte de poluentes impossíveis de remover com as medidas indiretas. Portanto, deve-se, sempre que possível, tentar implantar as medidas indiretas antes de aplicar as diretas.


●●● Postado por Jhonatan Bertoldo.

Energia do Mar: Conversores que a tornam possível


Coluna oscilante de Buoy
A instalação consiste em um cilindro de concreto, disposto verticalmente num nicho aberto com explosivos na rocha. A extremidade inferior, submersa, recebe o impacto das ondas, que comprimem o ar coluna acima no cilindro. O ar, sob pressão, movimenta a turbina, antes de escapar pela extremidade superior. O movimento rítmico das ondas assegura que a turbina gere eletricidade sem parar.

Pato de Salter
Criado pelo engenheiro Stephen Salter da Universidade de Edimburgo, Escócia.Consiste numa série de flutuadores, semelhantes ao flap dos aviões, ligados a um eixo paralelo à praia. A parte mais bojuda dos "patos" enfrenta as ondas, cujo movimento rítmico faz bater os flutuadores, girando o eixo que aciona a turbina como um pedal de bicicleta, que só transmite o movimento numa direção. O rendimento desse sistema promete ser excelente, pois parece capaz de aproveitar 80 por cento da energia das ondas. É esperar para ver.


Fontes:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/energia-das-mares/energia-das-mares.php
http://super.abril.com.br/superarquivo/1988/conteudo_111429.shtml

●●● Postado por Thais Barcella.

Energia do Mar: A Energia Térmica dos Oceanos

O último tipo de energia oceânica usa as diferenças de temperatura do mar. Se alguma vez mergulhares no oceano notarás que a água se torna mais fria quanto mais profundo for o mergulho. A água do mar é mais quente á superfície porque está exposta aos raios solares; é por isso que os mergulhadores vestem fatos próprios para mergulhar em zonas profundas. Os fatos colam-se ao corpo mantendo-o quente.

Pode-se usar as diferenças de temperatura para produzir energia, no entanto, são necessárias diferenças de 38º Fahrenheit entre a superfície e o fundo do oceano. Esta fonte de energia está a ser usada no Japão e no Hawai, mas apenas como demonstração e experiência.


Fontes:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/energia-das-mares/energia-das-mares.php

●●● Postado por Thais Barcella.

Energia do Mar: Ondas


Os geradores utilizam o quase incessante movimento das ondas para gerar energia. Uma câmara de concreto construída na margem é aberta ma extremidade do mar de maneira que o nível da água dentro da câmara suba e desça a cada onda sucessiva. O ar acima da água é alternadamente comprimido e descomprimido, acionando uma turbina conectada a um gerador. A desvantagem de se utilizar este processo na obtenção de energia é que o fornecimento não é contínuo e apresenta baixo rendimento.

Os sistemas para retirar energia das ondas são muito pequenos e apenas suficientes para iluminar uma casa ou algumas bóias de aviso por vezes colocadas no mar.


●●● Postado por Thais Barcella.

A Energia do Mar: Marés


O aproveitamento energético das marés é obtido de modo semelhante ao aproveitamento hidroelétrico, formando um reservatório junto ao mar, através da construção de uma barragem com casa de força (turbina + gerador). O aproveitamento é feito nos dois sentidos: na maré alta a água enche o reservatório, passando através da turbina, e produzindo energia elétrica, na maré baixa a água esvazia o reservatório, passando novamente através da turbina, agora em sentido contrário ao do enchimento, e produzindo energia elétrica

A energia das marés pode ser aproveitada onde existem marés, com grande diferença de nível a maré baixa e maré alta e onde o litoral apresenta condições para construção econômica do reservatório. Porém o ciclo de marés de 12 horas e meia e o ciclo quinzenal de amplitudes máxima e mínima (maré de sizígia e maré de quadratura) apresentam problemas para que seja mantido um fornecimento regular de energia, tornando necessária a criação de sistemas mais complexos como, por exemplo, o que se vale de muitas barragens ou o que se utiliza de reservas bombeadas.

Para que este sistema funcione bem são necessárias marés e correntes fortes. Tem que haver um aumento do nível da água de pelo menos 5,5 metros da maré baixa para a maré alta. Existem poucos sítios no mundo onde se verifique tamanha mudança nas marés.



●●● Postado por Thais Barcella.

A Energia do Mar

As gigantescas massas de água que cobrem dois terços do planeta constituem o maior coletor de energia solar imaginável. Os raios solares não apenas aquecem a água da superfície, como também põem em movimento a maquinaria dos ventos que produz as ondas. Finalmente, as marés, originadas pela atração lunar, que a cada 12 horas e 25 minutos varrem os litorais, também representam uma tentadora fonte energética. Em conjunto, a temperatura dos oceanos, as ondas e as marés poderiam proporcionar muito mais energia do que a humanidade seria capaz de gastar - hoje ou no futuro, mesmo considerando que o consumo global simplesmente dobra de dez em dez anos.



A idéia de extrair a energia acumulada nos oceanos, utilizando a diferença da maré alta e da maré baixa, até que não é nova. Já no século XII havia na Europa moinhos submarinos, que eram instalados na entrada de estreitas baías o fluxo e o refluxo das águas moviam as pedras de moer. Mas os pioneiros da exploração moderna das marés foram os habitantes de Husum, pequena ilha alemã no mar do Norte. Ali, por volta de 1915, os tanques para o cultivo de ostras estavam ligados ao mar por um canal, onde turbinas moviam um minigerador elétrico durante a passagem da água das marés; a eletricidade assim produzida era suficiente para iluminar o povoado. Muito mais tarde, em 1967, os franceses construíram a primeira central mareomotriz (ou maré motriz, ou maré - elétrica; ainda não existe um termo oficial em português), ligada à rede nacional de transmissão. Uma barragem de 750 metros de comprimento, equipada com 24 turbinas, fecha a foz do rio Rance, na Bretanha, noroeste da França. Com a potência de 240 megawatts (MW), ou 240 mil quilowatts (kW), suficiente para a demanda de uma cidade com 200 mil habitantes, a usina de Rance é a única no mundo a produzir, com lucro, eletricidade em quantidade industrial a partir das marés.

No Brasil, temos grande amplitude das marés em São Luís - Baía de São Marcos, no Maranhão - com 6,8 metros e em Tutóia com 5,6 metros, também nos estuários do Rio Bacanga (São Luís -MA- marés de até 7 metros) e a Ilha de Maracá (AP - marés de até 11 metros). Infelizmente, nessas regiões a topografia do litoral não favorece a construção econômica de reservatórios, o que impede seu aproveitamento.

Existem três maneiras de produzir energia usando o mar: as ondas, as marés ou deslocamento das águas e as diferenças de temperatura dos oceanos.


●●● Postado por Thais Barcella.

Qual é o impacto ambiental de um incêndio num poço de petróleo?

O saldo costuma ser devastador para o ar, o solo, a água e os seres vivos que fazem parte dos ecossistemas das regiões afetadas. Para começar, a fuligem que sobe com a combustão incompleta do petróleo pode criar um verdadeiro céu negro sobre uma determinada região. Isso impede a passagem do sol e afeta todos os ecossistemas que dependam de sua energia, além de aumentar a incidência de problemas respiratórios na população local. Mas o maior inimigo é invisível. "Um poço ardente libera gases com altos teores de enxofre, que podem causar chuva ácida, e uma grande quantidade de monóxido de carbono, que reage com substâncias naturais no ar e forma ozônio. Na baixa atmosfera, esse gás afeta a saúde e pode ser mortal", diz o físico Volker Kirchhoff, do Inpe. Para piorar, o líquido que vaza dos poços destruídos atinge as praias, destrói a vida marinha e prejudica ecossistemas intocados. Ao ser ingerido por peixes e aves marinhas, o petróleo ataca fígado e pulmões, causando hemorragias internas e mortandade em massa. Isso sem falar da contaminação do solo e dos lençóis freáticos, fato que obrigou milhares de pessoas a abandonarem suas casas no Kuwait depois da Guerra do Golfo, em 1991. Na época, o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein mandou incendiar 730 dos mil poços de petróleo do Kuwait, liberando uma enorme nuvem de fuligem e gases tóxicos que matou pelo menos mil pessoas diretamente. O incêndio demorou oito meses para ser controlado, mas o desastre ambiental deixou marcas até hoje. Durante a Guerra do Iraque deste ano, surgiram novas suspeitas de incêndios, especialmente no sul daquele país. Entretanto, as primeiras análises indicam que felizmente o problema não foi tão grave como há 12 anos.

Anatomia de um desastre
Na Guerra do Golfo, em 1991, poços ardentes deixaram uma herança macabra
• Os santuários de alimentação de mais de 100 mil aves marinhas foram destruídos. No total, estima-se que 25 mil tenham morrido
• Um mapeamento com fotos de satélite do litoral do Kuwait revelou que certas regiões ficaram 10 dias sem luz do sol por causa das nuvens de fuligem dos incêndios, prejudicando os ecossistemas no litoral do país
• Uma estimativa da Organização Mundial de Saúde indica que o total de mortes no Kuwait aumentou 10% por causa de problemas respiratórios originados pelo conflito. Houve pelo menos 1 000 mortes diretas
• No golfo Pérsico, mais de 600 quilômetros de praias ficaram poluídos pela mancha de petróleo, que no momento mais crítico do pós-guerra atingiu cerca de 1 500 quilômetros quadrados no mar

Escudo negro: fumaça de poço em chamas impede que a luz solar chegue ao Kuwait, em 1991.


●●● Postado por Dayana C. Rodrigues.

Como é a limpeza de uma área atingida por vazamento de petróleo?

Quando escapa óleo de um navio petroleiro, de um oleoduto ou de uma plataforma de exploração, as equipes de limpeza tentam agir rápido. Para diminuir o impacto do acidente, elas atuam de duas maneiras: primeiro, cercando a mancha de óleo para evitar que o vazamento se espalhe. Segundo, iniciando a recuperação da área. No final, o óleo recolhido é separado da água ou da areia e, depois de processado, pode até ser usado de novo. Mesmo que seja cercada de cuidados, a exploração de petróleo é considerada uma atividade de alto risco ambiental. Os acidentes ainda são constantes: apenas nos Estados Unidos, cerca de 14 mil derramamentos são registrados a cada ano. No Brasil, um dos mais graves foi o acidente na baía de Guanabara, em janeiro de 2000, quando um duto se rompeu e lançou ao mar 1,3 milhão de litros de petróleo, afetando dezenas de quilômetros de manguezal.
Depois desse acidente, a Petrobras, empresa que controla a maior parte do mercado de petróleo do país, investiu cerca de 5 bilhões de reais em segurança, reduzindo o volume de vazamentos de quase 6 milhões de litros em 2000 para 250 mil litros em 2003. "Os 7 mil quilômetros da malha principal de oleodutos têm controle automático, que interrompe o transporte de produtos quando há falhas. Também criamos nove centros de defesa ambiental, com equipes de 19 técnicos de plantão para combater vazamentos", diz o engenheiro Jayme de Seta Filho, da Petrobras. As entidades ambientalistas reconhecem os avanços, mas indicam que os vazamentos são só um dos problemas do uso do petróleo como combustível. "A exploração de óleo e gás traz impactos ao meio ambiente em todas as suas fases, do mapeamento ao transporte final. É preciso prevenir acidentes e preservar áreas ecologicamente sensíveis à retirada do produto", afirma o ambientalista Guilherme Fraga Dutra, da ONG Conservation International.

Corrida contra o tempo
Rapidez é fundamental para conter o derramamento e retirar a sujeira do mar.
1. Quando ocorre um vazamento, a primeira ação das equipes de limpeza é tentar diminuir o estrago do acidente. Para isso, os técnicos usam barreiras flutuantes que cercam a mancha de óleo na direção contrária aos ventos e correntes marítimas. Além de conter o vazamento, as barreiras tornam o óleo mais concentrado, facilitando a remoção da mancha e barrando a entrada da sujeira em regiões de preservação, como mangues e corais
2. A etapa seguinte é a retirada do produto que vazou. Como óleo e água têm densidades diferentes e não se misturam, o líquido derramado geralmente forma uma mancha de poucos centímetros de espessura na superfície. Para removê-la, entram em ação barcos recolhedores, com esteiras mecânicas aderentes que extraem o óleo do mar, despejando-o em dois tanques com 4 mil litros de capacidade
3. Quando os recolhedores já retiraram boa parte do óleo e a mancha está menos espessa, os técnicos lançam na água substâncias químicas, chamadas de dispersantes, que quebram a mancha de óleo em partes menores, facilitando o trabalho das bactérias do mar que degradam naturalmente o petróleo. Como alguns desses produtos podem ser tóxicos à fauna e à flora, seu uso só é permitido com autorização dos órgãos ambientais

RESGATE ANIMAL
No salvamento dos bichos, a ação começa na própria praia. Primeiro, os biólogos utilizam panos para retirar o óleo mais grosso. Depois, os animais são levados para contêineres onde recebem banhos com água morna e detergentes. Em seguida, eles são medicados com uma aplicação de carvão ativado, que consegue diminuir a absorção de petróleo pelo organismo, e passam por um período de repouso antes de serem devolvidos à natureza

CHAMAS CONTROLADAS
Uma forma mais radical de remover a sujeira é atear fogo à mancha de petróleo. O incêndio, porém, é calculado: uma barreira inflável com um revestimento à prova de chamas confina a mancha e consegue resistir à queima do óleo na água. A prática é proibida no Brasil, mas faz parte do combate em países como os Estados Unidos, quando a recuperação do óleo é difícil e o fogaréu é considerado seguro - geralmente, longe da costa

TRINCHEIRA DUPLA
Dois tipos de barreiras são usadas nos vazamentos. A primeira, de contenção, é formada por flutuadores de plástico revestidos por uma lona impermeável. A outra, de absorção, é feita de polipropileno, um material poroso derivado do petróleo capaz de sugar o líquido do mar. Para dar uma idéia, cada 3 metros de barreira absorvem 70 litros de óleo

DE GRÃO EM GRÃO
Para recuperar as praias, as equipes de limpeza dispõem de aspiradores que sugam a areia suja para dentro de um barril. Quando não há esse aparelho, o mais comum é raspar a areia com rodos, retirando a sujeira aos poucos. As duas técnicas prejudicam menos o meio ambiente que a raspagem feita por tratores, que mata os microorganismos da praia


●●● Postado por Dayana C. Rodrigues.

Vazamento de Petróleo: Catástrofe Ambiental

Às 22h do dia 20 de abril houve uma explosão no Golfo do México. Onze funcionários da empresa British Petroleum ficaram desaparecidos no acidente. Desde então, formou-se uma corrida contra aquele que pode ser tornar em breve o maior derramamento de óleo já ocorrido nos Estados Unidos, e um dos maiores da história – somando todas as manchas, a área é comparável ao tamanho de um país como Porto Rico.

O acidente ocorreu em uma região de intensa exploração de petróleo, a 65 quilômetros da costa do estado americano da Louisiana.

Quando a plataforma Deepwater Horizon pegou fogo, um sistema automático deveria ter fechado imediatamente uma válvula no fundo do mar. Deveria, mas não fechou.

O equipamento de emergência falhou e, quando a plataforma afundou, dois dias depois, a tampa do poço ficou aberta. E há 12 dias o petróleo vaza sem interrupção.

E agora que o equipamento falhou, interromper o vazamento de quase um milhão de litros de petróleo por dia no Golfo do México, e que acaba de chegar a uma reserva natural?

Bastaria girar a válvula e o poço ficaria fechado para sempre. Mas o equipamento está a mais de 1,5 mil metros de profundidade.


●●● Postado por Thais Barcella.

Energia Fóssil: Gás Natural

É uma energia de origem fóssil, resultado da decomposição da matéria orgânica fóssil no interior da Terra, encontrado acumulado em rochas porosas no subsolo, freqüentemente acompanhado por petróleo, constituindo um reservatório.

Na área de transportes, pode ser utilizado em ônibus e automóveis, substituindo o óleo diesel, a gasolina e o álcool.

Na indústria, o gás natural é utilizado como combustível para fornecimento de calor, geração de eletricidade e de força motriz, e ainda como matéria-prima nos setores químico, petroquímico e de fertilizantes.



Por ser um combustível fóssil (formado a milhões de anos), apresenta a desvantagem de ser uma energia não renovável, portanto finita.

A sua combustão é completa, liberando como produtos o dióxido de carbono e vapor de água, sendo os dois componentes não tóxicos, portanto o gás natural é uma fonte de energia limpa, produz baixo impacto ambiental. Substitui outros combustíveis mais poluentes, como óleos combustíveis, lenha e carvão.

Possui facilidade de transporte e manuseio, não requer estocagem, eliminando os riscos do armazenamento de combustíveis. Sua distribuição é feita através de uma rede de tubos e de maneira segura, os chamados gasodutos.


●●● Postado por Thais Barcella.

Energia Fóssil: Carvão Mineral

Entre os três - petróleo, carvão mineral e gás natural -, o carvão é o maior vilão. Ainda assim, e apesar dos sinais cada vez mais preocupantes da mudança climática, o uso desse combustível parece longe de ser substituído por alternativas menos poluentes.

Carvão mineral é combustível fóssil, queima emite gases que contribuem para o aquecimento global. Ele pode também provocar chuva ácida. Assim como os demais combustíveis fósseis, o carvão é o resultado de um processo muito lento de decomposição de plantas e animais por milhões de anos. Ele é encontrado no subsolo, em vários lugares do planeta.



Ele serve para gerar eletricidade e também para produzir plásticos, alcatrão, fertilizantes e auxiliar no derretimento do minério de ferro para a fabricação do aço. Ele gera eletricidade quando queimado já que seu vapor aciona as turbinas instaladas nas usinas.

Algumas tecnologias permitem a redução da sua poluição. Uma delas é a lavagem de carvão, que mistura o carvão triturado a um líquido, separando as impurezas. Em outras técnicas, o dióxido de enxofre, uma das maiores causas da chuva ácida, é retirado. Também já é possível a redução de óxidos de nitrogênio, uma das causas do ozônio no nível do chão. Outras tecnologias permitem o bombeamento do gás carbônico para o subsolo pelas usinas termelétricas. Há três alternativas: o lançamento do gás em minas de carvão, expulsando o gás metano (que, por sua vez, pode ser usado como combustível pela usina); em minas de água salgada imprópria para consumo humano ou para reservas de petróleo, facilitando na extração do combustível.



●●● Postado por Thais Barcella.

Energia Fóssil: Petróleo no Brasil ● Pré-Sal


O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo. Convencionou-se chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m. O termo pré é utilizado porque, ao longo do tempo, essas rochas foram sendo depositadas antes da camada de sal. A profundidade total dessas rochas, que é a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a mais de 7 mil metros.

As maiores descobertas de petróleo, no Brasil, foram feitas recentemente pela Petrobras na camada pré-sal localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, onde se encontrou grandes volumes de óleo leve. Na Bacia de Santos, por exemplo, o óleo já identificado no pré-sal tem uma densidade de 28,5º API, baixa acidez e baixo teor de enxofre. São características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado.




Diante do grande crescimento previsto das atividades da companhia para os próximos anos, tanto no pré-sal quanto nas demais áreas onde ela já opera, a Petrobras aumentou substancialmente os recursos programados em seu Plano de Negócios. São investimentos robustos, que garantirão a execução de uma das mais consistentes carteiras de projetos da indústria do petróleo no mundo. Serão novas plataformas de produção, mais de uma centena de embarcações de apoio, além da maior frota de sondas de perfuração a entrar em atividade nos próximos anos.

A construção das plataformas P-55 e P-57, entre outros projetos já encomendados à indústria naval, garantirá a ocupação dos estaleiros nacionais e de boa parte da cadeia de bens e serviços offshore do país. Só o Plano de Renovação de Barcos de Apoio, lançado em maio de 2008, prevê a construção de 146 novas embarcações, com a exigência de 70% a 80% de conteúdo nacional, a um custo total orçado em US$ 5 bilhões. A construção de cada embarcação vai gerar cerca de 500 novos empregos diretos e um total de 3.800 vagas para tripulantes para operar a nova frota.


●●● Postado por Thais Barcella.

Energia Fóssil: Petróleo no Brasil

Objetivando tornar o país auto-suficiente em petróleo, em 1953 o governo cria a Petrobrás. com isso fica assegurada ao governo a exclusividade da pesquisa, lavra, refinação, transportes e comercialização do petróleo e seus derivados.

A primeira referência à pesquisa de petróleo no Brasil remonta ao final do século XIX. Entre 1892 e 1896, Eugênio Ferreira de Camargo instalou por conta própria, em Bofete – SP, uma sonda junto ao afloramento de uma rocha betuminosa. O furo atingiu mais de 400 m, mas o poço encontrou apenas água sulfurosa. Foi somente em janeiro de 1939 que se revelou a existência de petróleo no solo brasileiro, no poço de Lobato – BA, perfurado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, órgão do governo federal. O poço de Lobato produziu 2.089 barris de óleo em 1940.

Em outubro de 1953 instituiu-se o monopólio estatal da pesquisa, lavra, refinação, transporte e importação do óleo no Brasil, pela Petrobrás (Petróleo Brasileiro S.A.), sob a orientação e a fiscalização do Conselho Nacional de Petróleo (CNP). Na década de 1950 e começo da de 1960 descobriram-se novos campos, especialmente no Recôncavo Baiano e na bacia de Sergipe/Alagoas. Também se desenvolveram pesquisas nas bacias sedimentares do Amazonas e do Paraná.

Em março de 1955, foi encontrado petróleo em Nova Olinda, no médio Amazonas. Em seguida as atividades de perfuração estenderam-se até a bacia do Acre. Como as quantidades do petróleo obtidas não eram comerciais, após seis anos a avaliação dos resultados aconselhou a redução da exploração. Em 1967, as perfurações na bacia amazônica foram suspensas. Com os avanços tecnológicos, a Petrobrás procedeu os levantamentos geofísicos nas bacias do Paraná e do Amazonas. Alcançaram-se bons resultados, em particular descoberta de gás natural na região do rio Juruá, no alto Amazonas, a partir de 1978.

Dez anos antes, a empresa iniciara a exploração de petróleo na plataforma continental, com a descoberta de óleo no litoral de Sergipe (campo de Guaricema). Foi, porém, a crise do petróleo, iniciada em 1973, que viabilizou a prospecção em áreas antes consideradas antieconômicas. Na década de 1970, intensificou-se a exploração em bacias submersas. A identificação de petróleo na bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro, duplicou as reservas brasileiras. Mais de vinte campos de pequeno e médio portes foram encontrados mais tarde no litoral do Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Alagoas e Sergipe. Em 1981, pela primeira vez, a produção dos campos submarinos ultrapassou a dos campos em terra. No início da década de 1980, o Brasil era, depois dos Estados Unidos, o país que mais perfurava no mar, mas, no final do século, ainda precisava importar quase a metade do petróleo que consumia, apesar de suas reservas provadas de aproximadamente 3,8 bilhões de barris (0,2% das reservas internacionais).

O refino de petróleo no Brasil começou em 1932, ao ser instalada a Destilaria Sul-Riograndense em Uruguaiana – RS, com capacidade de 25m³. Em 1936 inauguraram-se duas outras refinarias: a de São Paulo, com capacidade de oitenta metros cúbicos e a do Rio Grande – RS capaz de produzir o dobro. Em 1959, o CNP instalou em Matapire – BA a Refinaria Nacional de Petróleo, mais tarde denominada Refinaria Landulfo Alves.

Na década de 1990 a Petrobrás contava com uma fábrica de asfalto, em Fortaleza – CE, e dez refinarias: Refinaria de Manaus (Reman); de Paulínia (Repkan); Presidente Bernardes (RPBC); Henrique Lage (Revap); Presidente Getúlio Vargas (Repar); Alberto Pasqualini (Refap);Duque de Caxias (Reduc); Gabriel Passos (Regap); Landulfo Alves (RLAM); e Capuava (Recap). Em meados da década de 1990, o Brasil produzia cerca de 750.000 barris de petróleo por dia, com a possibilidade de aumento gradativo desse número, com a exploração de campos gigantes da bacia de Campos.

A partir de 1950, com o desenvolvimento industrial e a construção de rodovias interligando várias cidades brasileiras, aumenta consideravelmente o consumo de petróleo. Em 1968, o petróleo existia em grande quantidade e a baixo preço no exterior, e a política governamental de auto-suficiência petrolífera foi deixada de lado. A ordem passou a ser comprar petróleo onde fosse mais barato. A partir desse ano, a produção nacional estaciona e o consumo cresce. A importação do Petróleo traz sérias conseqüências para o país, entre elas, o aumento da dívida externa.

A essa altura, você já pode perceber o quanto o mundo se tornou dependente do petróleo e o quanto ele é capaz de alterar as relações entre duas grandes categorias: a dos grandes produtores e a dos grandes consumidores de petróleo. O Brasil encontra-se nessa última categoria.

Em 1978, nova crise – desta vez o preço internacional quintuplica. A Petrobrás volta a investir na prospecção de jazidas petrolíferas a fim de diminuir nossa dependência externa em relação a esta fonte importantíssima de matéria – prima. Em 1984, a produção nacional praticamente se iguala a quantidade de petróleo importado.
Porém, atualmente, nos surge uma nova e grande promissora novidade em relação ao petróleo: o Pré-Sal!


●●● Postado por Thais Barcella.

Energia Fóssil: Petróleo


O petróleo é encontrado nos poros das rochas sedimentares que, ao apresentarem permeabilidade, permitem sua vazão e, conseqüentemente, a formação de reservatórios economicamente exploráveis. No entanto, uma bacia petrolífera leva milhares de anos para ser constituída, daí a caracterização do petróleo como combustível fóssil não-renovável na escala humana de tempo. A partir do refino do petróleo são extraídos produtos como solventes, gasolina, óleo diesel, lubrificantes, querosene, gás de cozinha (GLP) e matéria-prima para a fabricação de plásticos e asfalto.



Com toda essa gama de produtos, é difícil estabelecer, nos diversos setores da economia mundial, algo que não dependa, direta ou indiretamente, do petróleo, motivo pelo qual seu controle e exploração têm gerado graves disputas internacionais. Contudo, seu maior campo de aplicação encontra-se nos combustíveis usados em transportes motorizados, usinas termelétricas e equipamentos industriais.

O gás de petróleo liquefeito (GPL) é um combustível utilizado em aplicações de aquecimento (fogões, veículos, etc), formado através de uma mistura de gases de hidrocarbonetos. É obtido a partir da destilação do petróleo, é o último dos produtos que se obtêm da sua refinação.

Em relação aos automóveis, o GPL é uma boa aposta para reduzir a emissão de gases poluentes. Devido a uma mistura de ar e combustível perfeitamente homogênea, a combustão efetuada pelo motor é mais completa e uniforme, além disso, é um dos combustíveis mais baratos. Hoje no mercado existem quase 5 milhões de veículos com GPL e mais de 20 mil pontos de venda.

No Brasil, o GPL é usado principalmente como combustível doméstico em fogões e aquecedores de água. Na indústria é utilizado em processos que requeiram queima praticamente isenta de impurezas, onde os gases de combustão tenham contato direto com o produto ou em áreas com limitações de emissões para a atmosfera. Também é utilizado na indústria petroquímica para a produção de borrachas e polímeros.

Fontes: http://www.brasilescola.com/geografia/gas-petroleo-liquefeito.htm
http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/fontes-de-energia/petroleo/
http://www.bioclimatico.com.br/document.aspx?IDDocument=188


●●● Postado por Thais Barcella.

Energia Fóssil: Sintetizando

Formada a milhões de anos a partir do acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A geração de energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e esta, contribui com o aumento do efeito estufa e aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos casos dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do carvão mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é bem menor.

Os combustíveis fósseis são formados pela decomposição de matéria orgânica através de um processo que leva milhares e milhares de anos e, por este motivo, não são renováveis ao longo da escala de tempo humana, ainda que ao longo de uma escala de tempo geológica esses combustíveis continuem a ser formados pela natureza.

O aumento do controle e do uso, por parte do homem, da energia contida nesses combustíveis fósseis, abundantes e baratos, foi determinante para as transformações econômicas, sociais, tecnológicas - e infelizmente ambientais - que vêm ocorrendo desde então.

Dentre as conseqüências ambientais do processo de industrialização e do inerente e progressivo consumo de combustíveis fósseis - leia-se energia -, destaca-se o aumento da contaminação do ar por gases e material particulado, provenientes justamente da queima destes combustíveis, gerando uma série de impactos locais sobre a saúde humana.



●●● Postado por Thais Barcella.

Biodigestores: Funcionamento


As bactérias anaeróbicas exigem a completa anaerobiose (inexistência de ar) no ambiente para o funcionamento de seu metabolismo. A temperatura também deve ser estável, a qual não exceda 45°C ou diminuam à 15° C, pois isso paralisaria a produção de biogás. Os principais nutrientes que servirão de “alimento” para os microorganismos são o carbono, o nitrogênio e sais minerais. Os sais minerais presentes dos dejetos de animais e resíduos vegetais são suficientes para a nutrição das bactérias. No entanto, deve haver um equilíbrio entre os compostos de carbono (fornecedores de energia, principalmente encontrados em resíduos vegetais) e compostos nitrogenados para acorrer a produção de biogás de modo eficiente.
Os principais tipos de biodigestores utilizados no Brasil são o em batelada e o contínuo.

O biodigestor em batelada não precisa ser abastecido com substrato (matéria orgânica) diariamente. Seu sistema é bastante simples e de pequena exigência operacional, sendo que este conserva o substrato por período conveniente de produção de gás, e após ser aproveitado, é descartado. A obtenção de biogás é alcançada pela fermentação anaeróbica de esterco de animais, restos de cultura e outros resíduos que geralmente são despejados no ambiente.

Os biodigestores contínuos necessitam de abastecimento e manejo de substrato diariamente. O processo é contínuo, pois cada carga diária corresponde ao volume semelhante de material fermentado. Cada carga requer um tempo de retenção, geralmente entre 30 e 50 dias, dependendo da temperatura do meio inserido. Assim como os biodigestores em batelada, o período de retenção do resíduo pode ser reduzido através da introdução de agitação e aquecimento. Para manter a estabilidade de temperatura, os reatores contínuos são subterrâneos.

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Uma limitação desses modelos esta na necessidade de diluição da matéria-prima. O substrato deve conter entre 8 e l0% de sólidos totais, pois maiores concentrações tendem a causar entupimentos e contribuir para formação de crostas. Os resíduos vegetais quando utilizados devem ser triturados por esses motivos.

Atualmente, com processos de purificação e armazenamento de biogás é possível adaptá-lo para automóveis e tratores. Pequenos motores estacionários, a álcool ou gasolina, que trabalham em regime constante, são facilmente adaptados para funcionar a biogás, necessitando apenas de uma válvula dosadora de diafragma como as usadas em botijão de GLP, porém de baixa pressão. A função da válvula será simplesmente, permitir ou não a entrada do biogás que é succionado pelo carburador.

Apesar dos benefícios (de ordem social e ambiental) da utilização de biodigestores, a decisão da sua construção deve ser bem estudada. Infelizmente, este método tem alto custo de desenvolvimento, portanto, é necessário que se analise a proposta de modo que o proprietário poder saborear todos as benfeitorias obtidas de forma satisfatória e em igualdade às suas necessidades e despesas. Atualmente, em Santa Clara (Carlos Barbosa), temos um exemplo de implantação de biodigestor, que movimenta os geradores do frigorífico da Cooperativa Santa Clara.


Fontes: http://www.todafruta.com.br/portal/icNoticiaAberta.asp?idNoticia=5997
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biodigestor_anaeróbico

●●● Postado por Eloísa Dalsin.

Energia Sustentável: Os Biodigestores


O biodigestor é uma câmara hermeticamente fechada onde matéria orgânica diluída em água sofre um processo de fermentação anaeróbia (sem presença de oxigênio), o que resulta na produção de um efluente líquido de grande poder fertilizador (biofertilizante, usado em lavouras) e gás metano (biogás, muito útil na geração de energia). O equipamento possui uma tecnologia simples, pois funciona através de reações químicas de origem biológica (a fermentação é causada por bactérias anaeróbicas), porém, seu custo de construção é alto.

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As propriedades do biogás não se limitam somente à geração de energia: o biogás atua como combustível, em substituição a matrizes poluentes e não-renováveis, como gás natural ou gás liquefeito de petróleo (GLP). Portanto, pode ser utilizado para iluminar e cozinhar em residências próximas ao local de produção, economizando outras fontes de energia (já citadas) e lenha. Ademais, pode servir para aquecimento de estufas de hortaliças e para o aquecimento de instalações de animais sensíveis ao frio (como leitões até 15 dias de idade e perus de até 1 mês). O biogás não tem cor, e não é venenoso para o homem e os animais.

O biofertilizante, que é o produto líquido do reator químico, é composto por elementos como nitrogênio, fósforo e potássio, sendo uma fonte de fertilização orgânica de alta qualidade. Bactérias causadoras de doenças (por exemplo, o E. Coli, que ataca o intestino, sendo fatal para recém-nascidos), são mortas ainda dentro do digestor. O biofertilizante não exala cheiro forte, não atrai moscas, além de que, ao contrário dos estercos frescos, é isento de sementes de ervas daninhas, e da maior parte de agentes patogênicos.

O mesmo biodigestor que trata os dejetos vindos do estábulo ou confinamento de bovinos e outros animais, pode ser ligado ao esgoto doméstico das residências. Embora sejam usados primordialmente como fonte de energia e de fertilizantes orgânicos para produtores rurais, o biodigestor também pode ser enfocado como um sistema de tratamento de esgotos humanos para pequenas comunidades urbanas.

Equivalência energética:
Um metro cúbico (1 m³) de biogás equivale energeticamente a :
► 1,5 m de gás de cozinha;
► 0,52 a 0,6 litro de gasolina;
► 0,9 litro de álcool;
► 1,43 KWh de eletricidade;
► 2,7 kg de lenha (madeira queimada).



●●● Postado por Eloísa Dalsin.

Transformando Lixo em Energia

Tem como transformar lixo em energia?
Sim. Se separarmos direitinho o lixo que tem bom potencial energético, os dejetos de uma cidade como São Paulo seriam suficientes para gerar energia para 400 mil casas! O principal segredo é tascar fogo no lixo – afinal, o calor das chamas também é uma forma de energia. Se o fogaréu for bem aproveitado em um processo controlado, a energia calorífica pode ser usada para produzir eletricidade, por exemplo. Tudo isso acontece em incineradores que utilizam o mesmo princípio de funcionamento de uma usina termelétrica, queimando um combustível fóssil para gerar energia. No nosso exemplo, a diferença é que o combustível queimado não é carvão, nem óleo, nem gás. É lixo. Até agora, essa tecnologia não aportou no Brasil. O país até tem incineradores, mas eles servem apenas para se livrar da sujeira – nenhum deles é adaptado para produzir energia. Por aqui, falta dinheiro para bancar o alto custo de uma instalação desse porte e vontade política para enfrentar as pressões dos grandes grupos de limpeza urbana, que muitas vezes gerenciam o lixo desde a varrição até o depósito final. "No Brasil, 99% dos dejetos seguem para aterros sanitários, sem gerar energia ou passar por qualquer reciclagem. Nas grandes cidades, a escassez de áreas para novos aterros se tornou um problema administrativo para as prefeituras", afirma o biólogo Hamilton João Targa, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) de São Paulo. Mas, mesmo nos aterros, daria para aproveitar pelo menos uma parcela do potencial energético do lixo. Bastaria pegar o metano gerado pelo processo de decomposição do lixo orgânico, encanar o gás e abastecer casas e indústrias, por exemplo. Há mais de 50 anos, os chineses empregam esse método utilizando biodigestores, equipamentos que fermentam controladamente o lixo orgânico. No Brasil, até esse tipo de iniciativa é raridade.
No Japão, 62% do lixo vira energia.
Na Suíça, 59%, na França, 37% .
No Brasil? Zero.

Afinal, como fazê-lo?
Queimar resíduos é a forma mais simples de aproveitar o potencial energético dos dejetos.

1. O lixo que sai de nossas casas é uma mistura de três tipos de sujeira: materiais recicláveis (como vidro, papel e alumínio), o chamado lixo "verde" (composto de folhas e galhos de árvores) e o lixo orgânico, que mistura restos de comida e materiais como papel higiênico e fraldas usadas. O primeiro passo para aproveitar os dejetos urbanos é separar os resíduos nessas três categorias, por meio de uma coleta seletiva
2A. O lixo reciclável segue para usinas de reciclagem, onde vai dar origem a novos produtos feitos do mesmo material. A vantagem é que a reciclagem consome menos energia que a fabricação tradicional. É mais econômico produzir uma lata de refrigerante com alumínio reciclado que com alumínio "novo", por exemplo
2B. Tradicionalmente tido como imprestável, o lixo orgânico possui bastante água e elementos combustíveis, como carbono e oxigênio. Graças a essa composição, ele consegue gerar muito calor se for submetido a altas temperaturas. Para que isso aconteça, a sujeira vai para um incinerador
2C. Recolhido na varrição das ruas e dos quintais das casas, o lixo verde passa pela compostagem, um processo de decomposição de matéria orgânica por bactérias que gera adubo como produto final. Também dá para usar outros tipos de lixo orgânico, mas a adoção apenas de restos vegetais melhora a qualidade e o preço final do adubo
3. Dentro do incinerador, o lixo orgânico é aquecido a 1 100 ºC. As altíssimas temperaturas matam as bactérias da sujeira e fazem com que o lixo entre em combustão, liberando ainda mais calor. O fogaréu da queima vai aquecer as chamadas serpentinas, tubulações cheias de água que ficam em volta do incinerador
4A. Na serpentina, a água aquecida se transforma em vapor d’água, que segue para um compartimento onde está uma turbina. Por ocupar mais espaço que a água líquida e por estar submetido a uma grande pressão, o vapor faz as pás da turbinas girarem rapidamente
4B. Além do calor que aquece a água, a queima do lixo gera fuligem e gases tóxicos que podem causar problemas de saúde. Por isso, antes de ser liberada para a atmosfera, essa mistura perigosa atravessa filtros e depuradores, que retêm as substâncias nocivas ao ambiente
5A. Depois de passar por um conversor, a energia do movimento da turbina é transformada em eletricidade e distribuída pela rede elétrica. Nos Estados Unidos, uma usina que processa 1 500 toneladas de lixo por dia — 10% do total produzido na cidade de São Paulo — gera 55 megawatts de energia, o suficiente para abastecer até 40 mil casas
5B. O final da queima ainda apresenta um último resíduo: cerca de 10% do lixo incinerado permanece em estado sólido, na forma de cinzas. Se o material tiver substâncias tóxicas, ele precisa ser descartado em aterros que impeçam a contaminação do ambiente. Mas, se ele não for perigoso, as cinzas podem ser usadas como substituto da terra na compactação do piso de ruas e estradas que vão receber asfalto.



●●● Postado por Dayana C. Rodrigues.